Rádio EFTEPRO

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Libras para ministério biblico



          A voz dos surdos são as mãos e os corpos que pensam, sonham e expressam. A Língua de Sinais envolve movimentos que podem parecer sem sentido para muitos, mas que significam a possibilidade de organizar as idéias, estruturar o pensamento e manifestar o significado da vida para os surdos. Pensar sobre a surdez requer penetrar no mundo dos surdos e ouvir as mãos que com alguns movimentos nos dizem o que fazer para tornar possível o contato entre mundos envolvidos.

          Não é fácil para o surdo, assim como não é fácil para os ouvintes, entenderem uma cultura diferente. Para que não seja estrangeiro na cultura do outro, é necessário que se aceitem mutuamente e se respeitem como pessoas dignas. Entretanto, o culto, a forma de buscar a Deus para o surdo, é diferente. Eles precisam de sua língua especial, a LIBRAS, que tem ritmo e vibração diferentes. A Igreja do Senhor precisa aceitar essas diferenças. Os surdos são bilíngües. Para trabalhar com surdos, é preciso, antes de qualquer coisa, aprender. É preciso entrar para a cultura, ir ao seu encontro, ouvir e entender seu silêncio, a sua língua, aceitá-lo e falar sua linguagem, afinal, Deus se fez carne e habitou entre nós para nos falar do seu amor. Jesus gastou tempo com os surdos e lhes dispensou especial amor. Comunicou-se com eles e, ainda, lhes ministrou a cura (Mt 11.5; Mc 7.32-37). Jesus também nos ensinou: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. (Mc 16.15). Com certeza os surdos estavam incluídos neste grupo, porque eles também são criaturas de Deus. Jesus os tratava de forma tão especial e diferenciada que o tirou-o à parte de entre a multidão (Mc 7.33), para ministra-lhe a cura.

          Assim como diz a Palavra, Jesus deu-lhes um tratamento especial. O amor ágape, o amor superior de Jesus, não discrimina pela função, mas valoriza a pessoa por sua dignidade conferida por Deus, não vendo mais a surdez como uma deficiência propriamente dita, mas como um diferencial. O amor ágape não vê o surdo como um indivíduo doente, como uma orelha ou um aparelho fonador a ser salvo por fonoaudiólogos, reabilitadores etc..., mas como um indivíduo a ser amado e aceito por nós, a ser trabalhado, respeitando seu próprio conteúdo interior e cultura. A Bíblia nos relata, no Evangelho de Marcos (7.31-37), a passagem da cura de um surdo e um gago. Assim está escrito:Trouxeram até Jesus um surdo, que falava dificilmente; e rogaram-lhe que pusesse a mão sobre ele. Jesus, pois, tirou-o de entre a multidão, à parte, pôs-lhe os dedos nos ouvidos e, cuspindo, tocou-lhe na língua; e erguendo os olhos ao céu, suspirou e disse-lhe: Efatá; isto é Abre-te. E abriram-se-lhe os ouvidos, a prisão da língua se desfez, e falava perfeitamente. As pessoas maravilharam-se dizendo: Tudo tem feito bem; faz até os surdos ouvir e os mudos falar.
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